terça-feira, 5 de maio de 2009

Ódio.


Não darei lugar ao ódio às pessoas. Darei lugar à ira pelas atitudes cometidas por elas. Eu odeio as atitudes, não as pessoas. Odiar certas atitudes é estar tentando estabelecer um modo diferente de agir, um modo digno de continuar; um modo digno de ser chamado viver. Estabelecer limites para não serem ultrapassados, para não machucarmos aqueles que amamos e não machucar nem mesmo os que nos odeiam.
Limites para fazer com que tenhamos coração sincero, liberto de qualquer tipo de mágoa ou de rancor, liberto de qualquer tipo da hipocrisia repugnante.
Odiar atitudes erradas é não se acostumar com elas, é denunciá-las sim, é não viver em conformidade (não tomar forma) com a injustiça. É ser mais carinhoso e cauteloso com o futuro que estamos deixando para nossos sucessores. Odiar a hipocrisia é livrar-se dela, deixar de co-existir com ela. Onde há verdade não há hipocrisia.
Odiar a falsidade é não praticá-la, é deixar de reparar nas coisas que não deveriam ocupar o destaque e a atenção que ocupam. Onde há um objetivo nobre e verdadeiro não há futilidade.
Odiar o próprio ego é tornar-se humilde, deixar de diminuir os outros com o propósito de engrandecer-se. Humildade e ego não podem co-existir.

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