sábado, 3 de janeiro de 2009

O mesmo amor.


Horas, tempos, dias.
As coisas não acontecem como a gente quer.
Ninguém pode nunca imaginar o que se passa no complicado coração de mulher,
daquela, que amou tão desesperadamente em silêncio;
daquela, que se amava tão pouco, não sabia do seu valor;
daquela que pensava ter nascido pra sofrer.
Aquelas horas no descanso das palavras bonitas ditas pelas pessoas especiais.
Aqueles tempos tão deliciosos que deixaram tanta saudade.
Aqueles dias em que esteve ao lado de quem amava.
Amava? Amar não deveria ter conjugação no passado!
Onde já se viu amor acabar? Amor deveria ser eterno feito o céu,
feito o sol, a lua e o mar...
Amor é eterno feito eles.
Nós é que não somos eternos feito o amor,
por isso vivemos dizendo essa tal bobagem de que amor acaba.
Parece desculpa pra dizer que agora o outro te conhece tão bem que não te goste mais.
Parece desculpa pra dizermos que não gostamos mais daquilo que nos encantava.
Desculpas. Mentiras.
Se existe um pouquinho de amor, existe um pouquinho de esperança;
um pouquinho de esperança já é muita coisa.
Ah, a esperança! Ela traz os sonhos, traz os dias não vividos mas sonhados,
dias melhores sonhados. Mundo traiçoeiro esse dos sonhos, nos deixa diferentes e quando a realidade aparece ficamos sem a esperança.
Complicados os sentimentos. Quem sou eu pra entendê-los?
Não é possível explicar, dividir, compartilhar.
Ninguém nunca vai saber como me sinto, nem eu sei direito como me sinto.
Amor não deveria ter tamanho também,
mas agora o tamanho do amor diminuiu, sobrou um pouquinho de paciência;
sobrou um pouquinho de esperança, um pouco de sonho,
uma mistura de tudo isso... E quem sabe também não sobrou um pouco de amor?
Desse eterno e variável amor, em formas e cores diferentes;
mas sempre o mesmo amor.

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