terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

De um tempo que passará

Presa em um mundo de criaturas indistintas
Monstros ameaçadores emergem das sombras do passado
Sussurrando palavras de desespero
- sussurro que é a única coisa que pode me meter medo - 
"Seu tempo está passando,
seu tempo desperdiçado,
sujo, enrugado, enlameado, cheio de defeitos
continua passando.
O relógio já bate meia noite,
a responsabilidade chegou e você não alcançou nada."

O que os monstros jamais entenderam,
por observarem o tempo passar longe do tique taque dos relógios,
foi o que aprendi.
Eles nunca souberam o quanto um sorriso pode iluminar
o quanto uma lágrima pode pesar,
o quanto uma música pode expressar.
Não.
Eles não sabem que ninguém deve ser perfeito,
não sabem como é divertido ser uma "alegre-deprê",
e que a tristeza cria e molda cenários fantásticos.

Eu, que sempre gostei da melancolia,
eu, que nunca me senti parte,
que nunca esquecia,
aprendi a deixar o passado pra trás.
Não importa mais quanto tempo foi desperdiçado.
Importa que agora a atitude mude
e que a responsabilidade chegue.
Chegou o tempo de escrever um novo passado que ficará pra trás,
o passado das oportunidades aproveitadas,
do fim das desistências e da coroação da Fênix no Reino.
Braços abertos pra qualquer horizonte que ousar se apresentar à minha frente:
estou livre e não tenho medo de voar.

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