domingo, 26 de maio de 2013

Esperando pela Fênix

Às vezes acho que minha parte humana está sendo sugada pela sociedade.
Você já se sentiu assim?
Parece que os sentimentos que deveriam me pertencer são esmagados pelas obrigações, pelos defeitos, pela ansiedade...
Às vezes parece que ficou muito pouco da minha essência, do meu tempo, do meu coração dentro de mim.
Parece que me falta tempo pra pensar em mim mesma, pra analisar minhas atitudes, pra fazer as pazes com Aquele que habita em mim.
Acho que tudo isso sou eu me tornando outra pessoa, uma adulta, que carrega responsabilidades demais nos ombros e perdeu sua criança por aí.
Faz tanto tempo que eu não vejo essa criança, faz tanto tempo que meu coração se encolheu...
Um sorriso amarelo vem nos lábios de vez em quando,
um sorriso sincero vem na memória... e me despedaça.

Ao mesmo tempo, vejo tanta gente louca ao meu redor que minha loucura parece normal,
mas minha loucura é diferente.
Extrema, de um jeito estranho, piada...
Minha loucura é a sua razão para me rotular,
pra não me entender, pra me esquecer.
Esquece, revive, volta e morre.

Minha sanidade já não existe mais, sou só loucura, só tua tortura,
sou muito mais do que você vê, muito menos do que aparento ser...

Lá fora o frio cresce, a saudade também,
mas junto vem a esperança.
Da adaptação, de dias mais felizes, de renovação.
Mais uma vez chegou a hora da fênix aparecer, mas ela vem devagar,
voa com paciência, sabendo que o vento sob suas asas não a abandonará.

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