sábado, 15 de junho de 2013

Foi-se o tempo...

Foi-se o tempo...
Daquele amor desesperado
Daquele palpite intrometido
Da insensatez de adolescente

Foram-se os tempos de infância
nos quais podia ser quem eu queria ser,
escrever como queria escrever
brincar sem ter preocupações futuras.
Tempos que eram tão simples,
tão mais humildes,
tão menos influenciáveis pelas opiniões alheias,
sem tanta tecnologia,
apenas os corações eram conectados.

Foram-se os tempos de adolescente,
a hipérbole eterna,
as paixões desesperadas,
as amizades eternas de dois meses,
as melhores risadas,
os melhores anos...
Foram-se os complexos de feiura,
as choradeiras irremediáveis,
as reclamações sem motivo.
Foi-se o tempo de todo o exagero característico.

Foi-se o tempo em que uma grande sensatez tomou conta de mim,
o tempo em que achava que estava no controle,
no qual achei que fosse dona de mim.
É preciso aceitar que acabou o tempo da nostalgia.
Acabou o tempo em que acreditava cegamente.
O tempo do questionamento,
do lamento,
da reivindicação chegou!

Soltem as granadas,
liberem os pensamentos,
chamem um psiquiatra:
nasce mais um adulto em uma sociedade doente!

Nenhum comentário:

Postar um comentário