domingo, 19 de setembro de 2010

Um (des)contentamento.

É um descontentamento tão grande com a grande maioria das coisas.
É um nojo inevitável de hipocrisia, sou eu.
Não vou negar que sou um grande monte de nada, mas é bem por aí.
Por que eu sou assim, não exijo dos outros o que eu mesma não faço.
Não venha me falar de comunhão, de amizade, de comprometimento se você não vive nada disso.
Eu não vou te ouvir.

Olha, digo que esse descontentamento está ficando cada vez maior.
Quer dizer, eu sou assim mesmo,
não consigo corrigir ninguém.
Não venha me dizer que eu não tenho senso crítico ou que eu sou quieta,
definitivamente, só Deus sabe dos meus pensamentos.
Tento sim, ser o exemplo.
Infelizmente, às vezes ser não é o suficiente pro resto do mundo.
Eu choro quando vejo que as pessoas não compreendem por que estão aqui,
por que Deus as fez desse jeito e por que Ele quer que elas mudem naquilo que elas estão mais acostumadas a fazer errado. (EU TAMBÉM!)

Educação com gente que não demonstra,
submissão com gente que não merece,
silêncio quando alguém está sendo injustiçado.
Olha, isso aí é cada vez mais frequente.
Será que eu era cega e não enxergava o que está tão perto a ponto de me engolir?!

Somos todos iguais, grandes pedaços de nada. Mas veja só, Deus nos amou!
Ele nos amou, pagou o preço pra ficarmos com futilidades?
Jesus sofreu pra que a gente ficasse sentado só sendo servido?
Pra fazer distinção de pessoas?
Pra nos distrair nos fins de semana em que não temos nada melhor pra fazer?
O nome disso é farisaísmo, me desculpe.

Deus nos amou! Quando ainda tínhamos todos esses montes de defeitos!

É melhor deixar todos os outros fatos de lado,
por que, afinal, se Deus acreditou no ser humano, quem sou eu pra desacreditar?
Digo que, Deus sabe, às vezes eu desacredito. Penso que tudo está mesmo indo pro buraco e nada mais tem jeito. Então, sou consolada com o amor de Deus. Nunca me abandonará.

Estou cansada, meu descontentamento com todas as coisas é enorme.
Felizmente, o amor me invadiu; o amor construiu minhas pontes indestrutíveis que me levam pra onde eu quero estar.

Isso tudo foi só uma dose de ácido, de ira.
É preciso fazer o teclado queimar sob os meus dedos de vez em quando.
Hoje foi a vez, vamos ver como será o final.

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