sexta-feira, 10 de abril de 2015

Sobre(cargas)

Hoje todas as coisas pesam novamente,
pesam friamente,
pesam loucamente sobre os meus ombros cansados...

A noção de que existem muitas coisas no Universo
que eu jamais compreenderei
não importa o quanto me esforce
impõe a mim um limite:
sou pequena, sou frágil, soul.

Ao mesmo tempo finjo ser poeta,
reviravolto todos os sentimentos que surgiram
e novamente não entendo:
alguns insistem em ficar quando não são bem-vindos
outros apareceram sem pedir permissão.
A maioria deles me transforma, me muda,
faz de mim emoção,
obedece minhas rédeas da razão.
Alguns me fazem voar,
a maioria me lembra que meus pés tocam o chão.

A realidade ao meu redor me aniquila sempre,
vem de encontro a todas as expectativas e sonhos,
vem cheia de sobrecargas
que colocaram em minhas costas sem ao menos perguntar
sem ao menos considerar
qual era a minha tensão admissível.

Mas o dia amanhecerá.

O que não faz sentido algum hoje pode não fazer sentido sempre,
num círculo vicioso,
numa iteração infinita de ideias desconexas,
numa estranha dança de impossibilidades.

Meu coração segue aquele caminho bem definido
único capaz de me mostrar a beleza através do sofrimento e da falta de respostas:
o único caminho que me traz a Paz.

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