quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Não tenho pressa

Diminua essa sua velocidade,
vem devagarinho,
vem sem expectativas,
apenas vem.
Diminua essa sua pressa,
essa ansiedade louca de crescer e ganhar o mundo:
seu mundo é bem aí,
seu mundo serei eu?
Seu mundo, já sabe, ele também é meu!

Diminua o brilho dessa tela,
carrega menos o carregador do smartphone,
aprenda a conviver com cada responsabilidade.
Diminua a frequência de reclamações,
olha pra vida de peito aberto,
como quem não espera nada e vem.
Esqueça esses limites admissíveis,
abandona a pressa da vingança,
joga fora a amargura e vem.

Vem comigo nessa nova jornada
de ignorar a cara feia,
de desaprender a mentir,
de observar o mundo bem do jeito que ele é.

Eu não tenho pressa
Nunca mais terei pressa de cumprir com as obrigações da sociedade
Eu não preciso de dinheiro,
não preciso de sucesso,
não preciso de outro alguém,
não preciso de uma ideia fixa pra ser feliz.

Não tenho a mínima pressa...
Estrangeiros não se apressam em suas jornadas:
as vivem como quem ama, saboreando cada momento do caminho.

Não tenho pressa pra que o final de semana chegue,
pra que a agonia de uma novidade torne-se passado,
pra que a vida se encaminhe como convém.

É fora da caixa que tudo muda,
é na pátria que não é minha que aprendo novos costumes.

De toda essa pressa, o que é certo é a saudade de Casa,
do lar que deixei quando chorei pela primeira vez neste mundo.
Mas eu não tenho pressa,
me deixe viver no estrangeirismo desse planeta pra que no fim eu voe decidida,
sem remorsos, sem correntes nem gaiolas
em direção ao meu Lar.

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