terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Sobre aquela história - e os textos da madrugada

A noite se arrasta rapidamente assim como as conversas que aconteciam alguns minutos atrás.
Tornei todas as coisas confusas.
Fui em busca de todos os problemas possíveis.

Será mesmo que todo relacionamento está fadado ao tédio dos dias?
Será que existe um amor de verdade nesse mundo?
Será a paixão algo tão condenável?

Não consigo dormir.
Meu coração não se aquieta.
Minhas lágrimas não caem.
Meu relógio diz que a madrugada avança mas
meus pensamentos não param de se transformar em palavras.

Ah, a razão... No meu caso ela sempre complica as coisas.
Para mim a razão é imediatista:
quer que tudo se acerte rápido e se acerte de fato.
A emoção pinta o cenário mais bonito (e mais improvável),
repleto de milagres, mudanças de comportamento e aquela velha idealização dos momentos.

Mas momentos têm fim.
O coração continua a bater e a vida segue.
Meu desejo ainda continua o mesmo mas os cenários desabaram.

Como é difícil admitir que a dúvida de que um sentimento como aquele perdure é maior que qualquer outro sentimento...

No entanto, é necessário prosseguir.
Prossiga, porque você sofreu, isso é certo.
Não foi em vão.
Dia e noite você pede a Deus para mandar-lhe alguém que apazigue esse sofrimento,
alguém que lhe traga paz e lhe faça rir.
E que, pelo amor de tudo que é mais sagrado, seja uma história fácil.
E simples.
Daquelas contadas em dois minutos,
com um sorriso e no máximo uma complicação para que não seja sem graça.

Aquela história cujo começo compense todos os outros e cujo final... ah, cujo final não seja escrito tão cedo.

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