Nunca tive bons olhos sobre histórias de príncipes, romances exagerados, declarações espalhafatosas e coisas do tipo. Fui me tornando muito cética em relação ao amor romântico desde que me contaram a história de Senhora, do José de Alencar (chata pra caraca com aquele exagero romântico característico do Zé).
Eu não estava em condições de me opor a uma mudança na minha vida: eu apenas aceitava cada uma delas de braços abertos.Veio a mudança mais inesperada dos meus dias desde a famosa engenharia. E veio com um sorriso nos lábios e flores nas mãos. Veio de mansinho, veio no tempo certo, veio pra aumentar o que já era grande. Não se enganem: essa mudança não veio de repente. Começou numa pesquisa rápida, numa piscadinha, num elogio
Tudo aquilo que eu achava exagero encontrou um ponto certo, o doce não desandou. Acho que, no fim das contas, faz parte do amor a coisa toda dos grandes gestos, das palavras adocicadas e dos carinhos incontáveis que fazem quem anda desacreditado torcer o nariz para casais apaixonados. No fim das contas, são as mãos dadas que trazem suporte pro crescimento do sentimento. No fim das contas, a distância não importa muito mesmo... Quem diria?
Quando a semana acaba, encerro mais uma presunção em mim. Mais um julgamento cético cai por terra. Cada pessoa é um universo, cada amor é uma história. Conturbada, simples, leve, exagerada. Cada amor é um resgate. De dignidade, de esperança, de suavidade, de carinho. Cada amor é uma mudança. De rumo, de percepção, de atitude e de pensamento. Cada dia que passa faz o inacreditável parecer possível e aquele sonho arquivado parecer cada vez mais perto da realidade. E eu continuo aqui, em minha rebeldia de adolescente, declarando a plenos pulmões: por que não?!
Nenhum comentário:
Postar um comentário